Wednesday 8 February 2012

Um Pouco de Matéria - Pediatria

Aqui vos apresento algumas coisas de saude em pediatria


Enfermeiro em Pediatria:
                Trabalha em parceria com crianças e pessoa significativa de forma a promover o mais elevado estado de saúde possível e presta cuidados à criança saudável ou doente e proporciona educação para a saúde assim como identifica e mobilização recursos de suporte à família\pessoa significativa.
                Vai actuar na avaliação e promoção do crescimento e desenvolvimento da criança e do jovem com orientação antecipatória às famílias para a maximização do potencial de desenvolvimento, gestão e bem-estar da criança, detecção precoce e encaminhamento para situações que possa afectar negativamente a vida ou a qualidade de vida nomeadamente comportamentos de risco, tal como a promoção da auto-estima do adolescente e a sua progressiva responsabilização pelas escolas relativas à saúde.
                Depreende-se por Pediatria Crianças até aos 17 anos e 364 dias.
                Taxa de mortalidade infantil
A taxa de mortalidade infantil é o número de óbitos de crianças, com menos de um ano de idade, por cada mil nados vivos registado num determinado intervalo de tempo.
Em Portugal em 2010 = 3,3/1000
Os acidentes (domésticos, viação, afogamentos, quedas, asfixia, traumatismos, queimaduras, engasgamento por objectos, ferida acidental, intoxicações, corte) são uma causa importante de morte e incapacidade temporária e permanente em crianças e jovens que, associados aos elevados custos pessoais, familiares, sociais e económicos, constituem um grave problema de saúde pública.


                Parceria de Cuidados
                A criança é um ser vulnerável sendo os pais os primeiros prestadores de cuidados
igualdade de estatuto com o prestador de cuidados, reconhecimento dos pais e das suas capacidades. Essencial para a saúde e bem estar da criança e dos pais, minimizando as consequências negativas da hospitalização
Vantagens para a criança:
                Promove a presença efectiva dos pais
                Fornece afecto e segurança
                Favorece o contacto directo com os pais
                As crianças são mais colaborantes
                Minimiza a alteração dos hábitos de vida
                Contribui para diminuir o tempo de internamento
                Aumenta a satisfação com os cuidados prestados 
Vantagens para a criança:
                Promove a presença efectiva dos pais
                Fornece afecto e segurança
                Favorece o contacto directo com os pais
                As crianças são mais colaborantes
                Minimiza a alteração dos hábitos de vida
                Contribui para diminuir o tempo de internamento
                Aumenta a satisfação com os cuidados prestados 

Vantagens para os enfermeiros:
                Permite melhor conhecimento da criança e da família
                Facilita a comunicação com a criança e família
                Diminui a tensão entre a equipa e os pais
                Valoriza as competências dos enfermeiros
                Favorece a relação de ajuda

O papel / intervenção do enfermeiro pediátrico
                No modelo de parceria as intervenções de Enfermagem são de apoio, ensino e encaminhamento.
                Apoio – pretende-se que os pais e familiares significativos entendam a importância da sua participação nos cuidados.
                Os Enfermeiros devem apoiar os pais de modo a que estes se sintam seguros e confiantes.
    
Ensino – os enfermeiros ao manterem uma posição de supervisão devem programar e promover processos e ensino em que partilhem os conhecimentos e técnicas mais apropriadas aos membros da família.
     Encaminhamento – embora se reconheça que os cuidados de enfermagem são únicos poderá haver necessidade de recurso a outros profissionais de forma a responder às necessidades da criança duma forma holística.

Princípios da parceria
                Nem todos os pais podem participar nos cuidados
                Nem todos os pais querem participar nos cuidados
                Nem todas as crianças querem que os pais prestem cuidados
Papel do Enfermeiro:
                - Facilitar a adaptação da família ao ambiente hospitalar
                - Envolver a família nos cuidados
                - Informar a família sobre os procedimentos
                - Facilitar a comunicação positiva
                - Promover a aquisição de competências
                - Preparar o regresso a casa


A DOR EM PEDIATRIA
“Deve evitar-se qualquer exame ou tratamento que não seja indispensável. As agressões físicas ou emocionais devem ser reduzidas ao mínimo.”
Dor aguda
Ocorre normalmente devido a algum acontecimento focal (quedas, esforço muscular, cirurgias, etc.)
Tem uma localização definida próxima da lesão e tem um tempo de duração igual ao tempo necessário para que os danos causados aos tecidos sejam restabelecidos.
Normalmente tem uma causa conhecida,
    Começa de repente e não dura muito tempo,
    Pode aumentar a frequência cardíaca, a frequência respiratória e a pressão sanguínea.
    A Dor aguda é um sinal claro de perigo.
É fundamental controlar a dor, para evitar o sofrimento desnecessário e prevenir complicações.
A avaliação da dor engloba duas importantes noções: a identificação de um estado doloroso nos seus variados aspectos e a sua quantificação.
Indicadores fisiológicos e comportamentais mais frequentemente associados à dor:
Fisiológicos:
-          Sinais físicos: alteração dos sinais vitais, cianose, palidez, sudorese, midriase, etc.
-          Alterações endócrino-metabólicas: libertação de hormonas como adrenalina, noradrenalina, corticóides aldosterona.
                               Comportamentais
Expressão vocal: relato de dor, grito, choro.
Expressão facial: sulcos acima e entre as sobrancelhas, compressão da fenda palpebral, sulco nasolabial, contractura e abertura da boca, tremor do queixo.
Expressão corporal: agitação, prostração, atitude antiálgica, arqueamento do tronco, localização e protecção da zona dolorosa, resistência física.
Modificações comportamentais: sono, agitado com despertar frequente, irritabilidade, inquietude, consolo difícil, agitação ao contacto, diminuição da interacção, indiferença à estimulação, sucção contínua e exacerbada apenas interrompida pelo choro, agressividade

Medidas para alívio da dor
Programar os procedimentos dolorosos
Adopção de medidas farmacológicas e não farmacológicas.

Medidas farmacológicas
Escala analgésica / OMS
Dor ligeira – não opióides (paracetamol, anti-inflamatórios não esteróides).
Dor ligeira a moderada – opióides fracos (codeína, tramadol).
Dor moderada a intensa – opióides fortes (morfina fentanil).
Medidas  não farmacológicas
Comunicação eficaz
Reforço positivo
Massagem
Relaxamento e distracção
Posição de conforto
Informação
Sucção não nutritiva
Presença dos pais


                A consulta pré-operatória serve para fornecer informações, fazer colheita de dados e recolher indicações para as enfermeiras que vão assistir a criança na enfermaria, e proporcionar aos pais e criança uma primeira ligação com o serviço que os vai acolher. Se existirem folhetos informativos devem ser distribuídos aos pais e criança de modo a que possam entender melhor a informação fornecida. Pode também proporcionar-se uma visita à enfermaria onde vai ficar internado.
                A importância destes folhetos que podem ter imagens alusivas ao pré e pós-operatório da cirurgia reside na tentativa de tornar menos ameaçadora a hospitalização e a cirurgia.
                A preparação da criança para a cirurgia e procedimentos dolorosos reduz as manifestações de sofrimento físico, aumenta a tolerância à dor e ajuda a desenvolver comportamentos adequados para minorar o sofrimento.
                Pode ser também utilizada a visita ao serviço onde a criança vai ficar internada, bem como ao Bloco operatório onde poderá ser permitido à criança e família contactar com instrumentos, luvas, máscaras e roupas.
                Esta visita ao Bloco permite também diminuir o receio que a criança e os pais  têm da anestesia que constitui muitas vezes uma experiência traumática.  
Doença crónica
Doença crónica – qualquer doença de evolução prolongada, que pode ser progressiva e fatal, ou não progressiva e associada a uma sobrevida relativamente normal.
Doença terminal – qualquer doença, de curta ou longa evolução, que ameaça a vida.

A Organização Mundial de Saúde descreve as doenças crónicas como sendo “doenças de duração prolongada e progressão lenta”  e descreve os quadros crónicos como sendo “problemas de saúde que exigem tratamento continuado ao longo de um período de anos ou décadas” (2002).
A definição de doença crónica abrange estados  de desenvolvimento físicos e psicológicos, que medeiam entre exacerbações agudas e períodos de estabilidade, nos quais a criança e família num esforço conjunto, aprendem a controlar e gerir a situação. O conceito pode incluir, malformações, síndromes genéticos e traumatismos. As doenças crónicas podem ser hereditárias, congénitas ou adquiridas.
Calcula-se que 10 a 15% de todas as crianças com menos de 18 anos tenham algum tipo de doença crónica incluindo  comprometimentos sensoriais.
“ De uma forma geral a doença crónica representa stress para a criança e família. As suas consequências vão depender da forma como a criança e a família, com a ajuda dos enfermeiros, vão ser capazes de compreender, interpretar, avaliar e confrontar a situação de doença e as experiências de sofrimento e limitação física que dele decorrem”.
Os enfermeiros que enfrentam muitas situações de morte e doença devem ter sempre presente que o que para eles é uma rotina e a vivência profissional do dia a dia, é para a criança e família uma situação muita problemática que provoca uma alteração do seu estado físico e psicológico, que a debilita durante um tempo que pode ser longo ou curto, que altera os seus hábitos e limita as suas capacidades.

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