não gosto de até jás,
não gosto de ver a minha irmã chorar e ver a minha mãe sofrer por me ver partir estilhaça-me o coração em mil pedaços
detesto dizer-lhe adeus no aeroporto,
detesto chorar parte da viagem,
detesto chorar em casa
detesto a falta que me fazem,
odeio o regresso e não sei porquê...
o meu colchão de espuma de memória (mega)caro, mas (super)confortável, o melhor de todos onde já dormi, berra por mim todas as noites das férias e as minhas costas suplicam por ele,
A Belle espera pelo nosso regresso e nós sentimos a falta dela!!
MAS A FAMILIA,
a familia é algo muito ruim de deixar...
Os amigos não são fáceis de deixar, porque amizades para a vida não são fáceis de arranjar, e somos ambos bastante selectivos... não temos muitos verdadeiros amigos... mas eles tem as suas vidas e estamos habituados a que a vida evolua e que eles saiam um bocadinho de cena, é a lei natural da vida...
Mas a família.... a família é o que verdadeiramente falta nesta vida maravilhosa que levamos...
A mim talvez me custe um bocadinho mais, eu ainda estava no berço quando me decidi por a andar dali para fora, tinha passado um ano e tal desempregada em casa, sempre com os meus pais e com a minha irmã...
Tenho na minha mãe a minha melhor amiga... e cada despedida doi mais que a anterior...
Já não me custa estar longe do Porto, ou estar longe do mar, ou a comida...
Lugares nós encontramos sempre, acabamos por nos habituar, por nos darmos mais a um lugar ou a outro, o mar revê-lo é bom, comer um bom polvo ou a comidinha da mamã ou a da sogra é óptimo, mas não é isso que nos prende... porque não é disso que eu tenho mais saudades....
Lugares & memórias não faltam, aqui, ali e acolá... e ainda bem que somos tão bons a fazer boas memórias, que somos tão bons a sentirmo-nos em casa...
é mais fácil agora, que importei o rapaz, a vida tem sido simplesmente maravilhosa... a vida a 2 é qualquer coisa de extraordinário e algo que eu aconselho vivamente!
Mas aqueles elementos chave... os meus mosqueteiros... dificultam-me a partida...
É por eles que choro quando me sinto mais em baixo, é por eles que choro na viagem, é por eles que choro nos últimos dias das férias...
No dia do regresso a minha mãe disse-me que para sermos felizes temos de fazer sacrificios e eu entendo isso, mas partir não deixa de ser um acto de coragem muito grande!
Partir a primeira vez foi difícil, mas não é tão difícil como todas as outras vezes seguintes, porque quando vez pela primeira vez não sabes o que te espera, estas ansiosa e nervosa, saudosa e magoada por teres de partir, mas o espirito da aventura é mais forte, todas as vezes seguintes tens de fazer esse enorme esforço para partires novamente mas sem aquele sentimento aventureiro porque não ha nada de novo... tu sabes para o que vais... e o que te espera...
Agora resta-me esperar que esta semana acabe e assim que me sinta novamente na rotina é tempo de voltar ahahah... mas em maio vou apenas por 3 dias e regresso na véspera de ir para a grécia... acho que não vai ser um retorno muito sofrido! apesar de custar sempre!
Vamos a ver!*